Na minha opinião, a publicidade institucional (ou governamental, ou pública) é completamente diferente da publicidade de empresas privadas. O fim é o mesmo, ou seja, é a “ciência e técnica de tornar (algo ou alguém) conhecido nos seus melhores aspectos, para obter aceitação do público”, como bem nos resume um simples dicionário. No entanto, as maneiras pelas quais elas se constroem são distintas. E isso influencia diretamente na estrutura do grupo de comunicação que vai coordenar aquela publicidade.

Enquanto uma agência de propaganda que atende a uma conta pública precisa ter uma estrutura sólida, com cargos bem definidos e concebidos como antigamente – até por uma exigência do edital, muitas vezes -; a estrutura de uma agência que atende um cliente privado precisa se reinventar a todo momento, acompanhando as novas formas de comunicação que estão surgindo entre pessoas .

Veja bem, a publicidade pública também precisa seguir tendências, porém, ela anda a passos bastante lentos, principalmente por causa da burocracia que lhe é inerente. Já a publicidade no setor privado sofre adaptações cotidianas para se adequar aos novos meios e formas de comunicação que surgem quase que diariamente.

É muito difícil, neste cenário, fazer uma previsão de como a publicidade se comportará daqui um tempo, porque é impossível definir qual nova plataforma de comunicação surgirá ainda no mês que vem. Mas o mercado é bastante otimista com relação a sua sobrevivência. Em entrevista para a Draft, Bob Wollheim, do Grupo ABC, diz que o futuro da publicidade é extremamente promissor, apesar de não saber definir bem como isso se dará.

Talvez, tenhamos que nos conformar que a publicidade será “um ser em constante mutação”. O que eu arrisco garantir é que a publicidade governamental estará sempre um – ou mais – passos atrás. 😉